Histograma: aplicações para um projeto
- 27/11/2018
- Robson Camargo
O histograma é uma ferramenta que mostra a frequência de ocorrência de um fenômeno. E, por meio da observação desse fenômeno, é possível compreendê-lo melhor, atuar sobre ele para modifica-lo ou antever como se comportará no futuro.
O histograma é um dos tipos de gráficos e planilhas utilizados pelos gerentes de projetos nas tomadas de decisões. Vamos mostrar neste post de que forma o gráfico de histograma pode ajudar a diminuir e evitar os possíveis riscos que um projeto tenha e que possa prejudicar o cronograma de projeto.
O que é histograma?
Você deve estar se perguntando, mas o que é histograma? Pois bem, o histograma é uma ferramenta da estatística, usada para representar a distribuição da frequência de uma variável, afim de se medir algum valor variante.
No controle de qualidade temos alguns tipos de gráficos e planilhas que dão apoio nas tomadas de decisões tais como: Gráfico de Pareto, Diagrama de causa e efeito, Folhas de verificação, gráficos de dispersão e Histogramas, além de outros.
É uma ferramenta de análise e representação de dados quantitativos, agrupados em classes de frequência que permite distinguir a forma, o ponto central e a variação da distribuição, além de outros dados como amplitude e simetria na distribuição dos dados.
O histograma é uma das importantes ferramentas de gestão, que ajudam a aprimorar resultados nos processos, seja dos projetos executados pelo método tradicional ou cascata ou pelos Métodos Ágeis.
Para que serve?
Um histograma nada mais é do que uma representação gráfica de uma distribuição de frequência. Essa ferramenta tem retângulos justapostos, sendo que a base do retângulo é formada pelos intervalos de classe e a altura é proporcional à frequência do intervalo.
Além de fornecer uma representação visual da distribuição dos dados, o histograma é um mecanismo fundamental para o controle de qualidade. Dessa forma, ele pode ser utilizado para melhorar um determinado projeto devido à visão completa do conjunto de dados.
Os benefícios trazidos pelo histograma
Que vantagens a aplicação do método poderia trazer para a sua empresa? Para começar, fazer uma análise comparativa entre muitos dados vai se tornar uma tarefa mais fácil e detalhada. Assim, vai ser possível identificar os problemas que um determinado projeto pode acarretar, o que agiliza as soluções para evitá-los.
Com o histograma, você vai poder perceber as frequências em que determinados eventos acontecem e a tendência deles dentro de um processo. Além de tudo isso, esse mecanismo é fácil de manusear, tanto manualmente quanto em um documento de excel.
Outra vantagem é que, ao utilizar o método, vai ser possível comparar os resultados obtidos com as especificações requeridas pelos clientes. Ou seja, é mais fácil verificar visualmente se o processo está dentro do que foi combinado.
É importante ressaltar, no entanto, que o método funciona melhor em sistemas estáveis. É mais fácil detectar padrões e prever eventos quando o processo apresenta constância. Se tudo mudar de período em período, a instabilidade vai dificultar a apresentação de uma análise de grande utilidade.
Tipos de histograma
Conheça os tipos de histograma para entender onde cada um se encaixa.
1 - Simétrico
Esse tipo de histograma representa os processos padronizados. O valor médio é encontrado no meio da faixa, onde a frequência é mais alta e vai diminuindo ao se aproximar dos extremos. É o tipo mais encontrado, geralmente.
2 - Assimétrico
O histograma assimétrico é fácil de identificar por apresentar somente um pico. Ele serve para apresentar um processo com um limite de especificação, ou seja, quando não são colocados valores acima de determinado limite.
3 - Despenhadeiro
O nome diz respeito ao formato íngreme do gráfico, como se fosse despencar a qualquer hora. Esse histograma pode ser utilizado quando for preciso eliminar os dados.
4 - Dois picos
Se o tipo assimétrico se caracteriza por ter uma frequência em destaque, o tipo “dois picos” apresenta duas. O gráfico representa uma situação em que dados diferentes serão inseridos, portanto, a análise deve ser feita de modo separado.
5 - Achatados
Esse histograma também é identificado como “platô”. Nele, as frequências aparecem de forma mais nivelada, com alturas semelhantes. Ele é utilizado quando há distribuições com médias distintas.
6 - Ilha isolada
Esse tipo apresenta uma separação entre os dois processos, isolando-os um do outro. Isso ocorre quando aconteceu uma falha.
Em geral, é mais adequado construir um histograma de frequência relativa. Uma das razões é que a influência do tamanho da amostra é minimizada. A área total do histograma (soma das áreas de cada retângulo, considerando a base como sendo igual a 1) é 1 (ou 100%). Dessa forma, é possível comparar duas distribuições.
O histograma é uma ferramenta extremamente útil para conhecer os dados. Ele nos mostra informações importantes, como centro e dispersão de conjunto de dados. Confira a seguir os passos para interpretar adequadamente esse importante mecanismo.
Como fazer um histograma
Como fazer histograma passo a passo:
- Colete a amostra com um número significativo de dados, usando a folha de verificação
- Organize os dados
- Determine o número de categorias e o intervalo entre as categorias (caso faça no Excel, esse valor é calculado automaticamente)
- Organize os dados, colando-os dentro das categorias, de acordo com o intervalo
- Coloque os dados no gráfico, com as categorias no eixo horizontal e a frequência de ocorrência no eixo vertical
- Verifique e analise a forma do gráfico
Concluindo: o gráfico histogramaserve para ajudar o gerente de projetos a diminuir e evitar os possíveis riscos que o projeto tenha. Portanto, além de todas as características exigidas de um bom gerente de projeto, ter o conhecimento da tecnologia pode ser um grande aliado no gerenciamento.
Sobre o autor
Robson Camargo, PMP, MBA, GWCPM, ASF é professor nos cursos de MBA das Principais Escolas de Negócio do País: FGV, Fundação Dom Cabral e FIA/USP com Certificação PMP – Project Management Professional emitida pelo PMI, MBA em Administração de Projetos pela FEA/USP e Master Certificate pela George Washington. Robson Camargo é autor do livro PM VISUAL e criador do Método PM VISUAL. Sua equipe realiza treinamentos e consultorias em empresas do Brasil e exterior. Robson Camargo está à frente da RC Robson Camargo – Projetos e Negócios, há mais de 11 anos.
As marcas PMP, PMI, PMBOK e a logomarca “REP” RegisteredEducationProvaider são marcas registradas do Project Management Institute, Inc.
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