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Como os métodos ágeis lidam com a complexidade?

Como os métodos ágeis lidam com a complexidade?

Como os métodos ágeis lidam com a complexidade?

  • 8/10/2019
  • Robson Camargo

 

Complexidade é um termo muito comum em gerenciamento de projetos porque surge a partir de cenários incertos e métodos variados, além de ser uma palavra que está relacionada às dificuldades com avanços tecnológicos.

Para lidar com essa característica em projetos, as metodologias ágeis surgem como uma forma de contornar o que é complexo, com melhores soluções e estratégias.

Saiba o que você vai ver neste post: 

  • O que é complexidade?

  • Complexidade em Projetos

  • Complexidade em Requisitos

  • Complexidade nos Métodos Ágeis: qual a diferença?

O que é complexidade?

Pelo dicionário, complexidade é o conjunto formado por variados aspectos, com cenário multidimensional, de compreensão intelectualmente difícil. Podemos dizer que para a palavra complexidade, sinônimo pode ser: complicação, obscuridade, enredamento ou dificuldade. 

Em termos mais gerais, também pode-se dizer que “complexidade” é característica de condições difíceis ou complicadas, que podem ser decorrentes de muitas opções.

Mas complexidade é uma noção utilizada em diversas áreas de conhecimento, que vão da filosofia, matemática, física e até meteorologia,  e que pode ter significados variados de acordo com cada uma delas.

Em gerenciamento de projetos, além dos avanços tecnológicos e cenários de mercado, a complexidade pode surgir em diversos fatores.

Mas o entendimento do que é complexidade neste setor é um fator-chave para melhorar o desempenho. Então, para produzir melhores soluções, podemos diferenciar a complexidade em dois tipos: projeto e requisitos.

Complexidade em projetos

De acordo com as organizações, as complexidades nos projetos podem ser diferentes, mas normalmente, são baseadas em 3 fatores:

Singularidade

Cada projeto é único, com requisitos e atributos próprios, mas à medida que progride vai gerando aprendizados que chegam pela experiência. Por isso, a singularidade é uma complexidade que surge especialmente quando uma organização está executando um tipo de projeto pela primeira vez.

Incertezas

Fatores externos ou internos podem determinar incertezas em um projeto.

Os externos podem apresentar complexidade em setores como o governamental, mudanças de mercado e cenários econômicos. Enquanto nos internos, o sinônimo de complexidade pode surgir na forma de transformações nas políticas empresariais, participação da gerência do projeto ou até mesmo envolvimento dos stakeholders.

Fatores limitantes 

Conhecimento técnico de equipe, restrições orçamentárias, cronograma e até diferenças culturais são aspectos que entram como fatores que podem dificultar a execução de um projeto.

Complexidade de requisitos

Já a análise dos requisitos vai permitir descobrir a complexidade em fatores como o nível de incógnita e volatilidade. Surge para entender o que é pouco claro dentro de um projeto.

Nível de clareza

Esse é um processo de entendimento do que é o problema e necessidades para resolvê-lo dentro do projeto.

Volatilidade

Essa volatilidade, ou seja, aquilo que muda, que é inconstante, também precisa ser avaliada em um projeto. 

Esses requisitos podem ser mudados da  fase inicial à implantação de um projeto e podem gerar riscos a serem gerenciados. 

Complexidade nos métodos ágeis: qual  a diferença?

No método preditivo ou cascata, a complexidade de requisitos é gerenciada logo no início das análises sobre o projeto, para planejar a melhor maneira para lidar com aquilo que tem o sinônimo de complexo.

Já nos métodos ágeis, que trabalha com entregas fracionadas, não há tempo reservado para a análise da complexidade de um projeto.

Com a fase iterativa, que permite ciclos definidos; e incremental, com as entregas fracionadas, o planejamento do projeto é adaptativo.

Essa atuação tem a ver com os valores do Manifesto Ágil:

  • Indivíduos e interação entre eles mais que processos e ferramentas;

  • Software em funcionamento mais que documentação abrangente;

  • Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos;

  • Responder a mudanças mais que seguir um plano.

Mudanças de requisitos e adventos menores

Todas as mudanças que serão realizadas durante o projeto serão melhor resolvidas nos adventos menores, que serão mais fáceis de lidar.

Nos ambientes ágeis, onde se trabalha também a partir dos princípios do Manifesto, já estão previstas mudanças de requisitos em qualquer fase do projeto, para isso, serão realizadas adequações necessárias.

Embora a complexidade faça parte dos projetos, nos métodos ágeis, um dos princípios é a prática da simplicidade nos processos, para produzir melhores soluções. Ou seja, em ambientes onde se praticam os métodos ágeis existe um meio termo entre o que já é regra, disciplina e restrição e as volatilidade e incertezas. 

Nos métodos ágeis, a complexidade pode ser reduzida a domínios complicados e, posteriormente, até a simples.

Isso significa que as equipes ágeis revertem e aprimoram com frequência as práticas de acordo com as alterações de fatores externos e internos.

No Scrum, essa prática é realizada, em princípio pelo PO (Product Owner), que é o responsável, supervisiona o projeto e aborda a complexidade com base em sua experiência, enquanto o time de desenvolvimento também pode contribuir apresentando sugestões e esforços para lidar com essa característica.

Em princípio, as metodologias ágeis já nasceram com a finalidade de aliviar problemas complicados e, em menor grau, os complexos. Com o ciclo constante de feedbacks e ideia de que os requisitos podem ser mutáveis ao longo do desenvolvimento do projeto, o Agile cresceu. Isso quer dizer que com essa metodologia, lidar com frações da complexidade é muito mais fácil.

Entendeu o que significa complexidade? E a atuação dos métodos ágeis para tratar com essa característica em projetos?

Agora veja um vídeo sobre o que é PMO:

 

Sobre o autor

Robson Camargo, PMP, MBA, GWCPM, ASF é professor nos cursos de MBA das Principais Escolas de Negócio do País: FGV, Fundação Dom Cabral e FIA/USP com Certificação PMP – Project Management Professional emitida pelo PMI, MBA em Administração de Projetos pela FEA/USP e Master Certificate pela George Washington. Robson Camargo é autor do livro PM VISUAL e criador do Método PM VISUAL. Sua equipe realiza treinamentos e consultorias em empresas do Brasil e exterior. Robson Camargo está à frente da RC Robson Camargo – Projetos e Negócios, há mais de 11 anos.

As marcas PMP, PMI, PMBOK e a logomarca “REP” RegisteredEducationProvaider são marcas registradas do Project Management Institute, Inc.

 

 

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Sobre

É uma empresa de Educação Corporativa oficialmente homologada pelo PMI com o selo de R.E.P. (Registered Education Provider), alinhada com o Triângulo de Talentos do Gerente de Projetos

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