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Design Thinking: entenda como solucionar problemas com essa ferramenta

Design Thinking: entenda como solucionar problemas com essa ferramenta

Design Thinking: entenda como solucionar problemas com essa ferramenta

  • 16/12/2019
  • Robson Camargo

 

Você quer saber como encontrar a melhor solução para um problema ou uma oportunidade? Pense em Design Thinking!

Mas muitos vão perguntar: o que é Design Thinking?

Esse é um conceito criado por um norte-americano, utilizado pelos departamentos de inovação de algumas empresas sempre que surge um problema que precise ser resolvido por um grupo de pessoas interessadas em resolvê-lo.

Design Thinking: o que é isso?

Conceitualmente, o Design Thinking é um termo criado pelo norte-americano David Kelley, fundador da consultoria IDEO e hoje à frente do curso de Design Thinking da Universidade de Stanford.

É uma forma de abordagem para os designers em todos os aspectos do negócio em uma empresa, desenvolvendo soluções de problemas.

É uma forma de organizar o pensamento e se estruturar dentro de um modelo mental que faz com que as soluções criadas sejam mais acertadas e “desejáveis” pelas pessoas, e tenha foco no usuário, ou melhor, nas “personas”.

[Personas: personagens fictícios que descreve todas as características, dores, anseios, pensamentos e desejos para quem a solução será criada, ajudando a melhor entendê-los, de modo que assegure que a solução / ideia a ser criada seja de fato relevante, atendendo todas as expectativas e interesses destes.]

 O objetivo, portanto, é que o Design Thinking ajude os profissionais a enxergarem o resultado “certeiro” antes de partirem para a implementação da solução ou “inovação”, como também é chamado, ou ainda, como muitos chamam, pensar fora da caixa.

Para entender melhor, vamos pensar que todo projeto que uma empresa tem visa atender a uma necessidade interna ou de mercado.

A empresa pode pensar eventualmente, logo de imediato, em uma ideia, mas será que é a melhor? Será que ao final do processo, não vai ser descoberto que o caminho tomado não foi o ideal? E tudo terá que ser mudado?

Um dos grandes desafios enfrentados pelos profissionais em suas carreiras, nos dias de hoje, é suportar pressão por resultados cada vez mais imediatos (e dotados de nível máximo de eficiência), exigências que têm feito com que se opte sempre pelo caminho mais seguro e de menos riscos.

Imagine uma empresa gastar milhares ou milhões de dinheiro, tempo, pessoas e ao final não atingir o ganho esperado?

Quando uma empresa comete este tipo de “erro” por várias vezes seguidas, isso pode levar a empresa a sérios problemas, e às vezes até à falência. Quem não se lembra de várias empresas que passaram por problemas similares. Um exemplo para pensarmos: o que aconteceu com a Kodak, Atari, American OnLine, e outras que eram muito fortes e “sumiram”?

Pense bem, que desperdício de tempo e recursos!

Porém, vale ressaltar que não se trata de uma metodologia Design Thinking, e sim uma abordagem. Isso porque, quando pensamos em método, criamos a expectativa de ter às mãos uma fórmula matemática que se aplique indistintamente em qualquer situação. O que não é o caso.

Design Thinking é uma abordagem que busca a solução de problemas de forma coletiva e colaborativa, em uma perspectiva de empatia máxima com seus stakeholders (interessados): as pessoas são colocadas no centro de desenvolvimento do produto – não somente o consumidor final, mas todos os envolvidos na ideia (trabalhos em equipes multidisciplinares são comuns nesse conceito).

O processo consiste em tentar mapear e mesclar a experiência cultural, a visão de mundo e os processos inseridos na vida dos indivíduos, no intuito de obter uma visão mais completa na solução de problemas e, dessa forma, melhor identificar as barreiras e gerar alternativas viáveis para transpô-las.

Não parte de premissas matemáticas, parte do levantamento das reais necessidades de seu consumidor; trata-se de uma abordagem preponderantemente “humana” e que pode ser usada em qualquer área de negócio.

A razão de sua existência é a satisfação do cliente (interno ou externo), dádiva que só pode ser alcançada quando conhecemos em profundidade suas necessidades, desejos e percepções de mundo.

Entender o que é o Design Thinking e suas etapas pode auxiliar e muito, por exemplo, um gerente de projetos no momento de uma negociação, já que apesar de todas as técnicas de negociação, é de fundamental importância estar preparado sobre o assunto que vai ser negociado. E o Design Thinking proporciona isso. 

Por isso, os termos “Design Thinking, inovação de negócios” têm andado juntos e, proporcionam, também uma melhor gestão do tempo para a solução de um problema ou uma necessidade de uma organização.

Design Thinking: metodologia e etapas

As etapas do Design Thinking pressupõem primeiro empatia, depois co-criação e, por último, experimentação, antes de um lançamento oficial.

O uso do design thinking por empreendedores exige um comportamento de certa forma antropológico para analisar sem nenhum preconceito e por diversas perspectivas cada interação do cliente com o produto ou serviço trabalhado.

Também é importante que o empreendedor convide outras pessoas de diferentes perfis, idades, formações e vivências para participar do Design Thinking process. Quanto mais heterogêneo o grupo for, melhores poderão ser os insights (novas ideias, boas sacadas, observações inéditas).

Conheça o Design Thinking etapas e suas principais características:

etapas design thinking

Empatia ou Imersão

Esse primeiro momento é o que podemos chamar de diagnosticar o problema.

Um designer thinking e sua equipe precisam, antes de mais nada, estudar profundamente aquele problema e desenvolver empatia – ou seja, sentir de fato onde aperta o calo dos personas e entender a necessidade daquelas pessoas, seja na área de serviço ou produtos.

O que elas querem, o que esperam, qual a melhor maneira, como costumam fazer?

Para isso, é preciso conhecer o universo daquelas pessoas, e pode ser discutindo, fazendo um brainstorming com pessoas que conhecem aqueles personas, ou então, sair na rua, conversar de fato com o público-alvo, ou seja, mergulhar totalmente na necessidade e no problema, para abrir a mente para as soluções que irão surgir.

É o briefing do projeto. É preciso indicar/esclarecer o objetivo para todos os envolvidos. Também é preciso tomar cuidado para não ter um briefing que limite a criatividade, que iniba inovações.

Pode ser um novo produto ou serviço. Mas também pode rumar para um novo modelo de negócio, um novo sistema ou mesmo um negócio inteiro totalmente inédito para a empresa. Por que não? Mas é importante ter critérios de avaliação, além do entendimento do processo de Desing Tinking.

Co-criação

É importante trazer as pessoas diretamente envolvidas na questão para interagir, pensar e ajudar nas soluções.

Nessa etapa, são utilizadas práticas de estímulo à criatividade, o que ajuda a gerar soluções que estejam de acordo com o contexto do assunto trabalhado. A colaboração é um fator essencial nesse processo: perspectivas diferentes sobre uma mesma questão possibilitam conceitos e atitudes novas frente ao proposto.

Por isso, o Design Thinking propõe que profissionais de diversas áreas, com diferentes formações e perfis, sejam colocados para trabalhar juntos.

Essa prática, durante um brainstorming, possibilita a manifestação de diversos pontos de vista e várias interpretações de um mesmo problema. Isso torna possível a junção das melhores ideias e, assim, a geração de soluções inovadoras que um grupo de pessoas com pensamentos parecidos jamais conseguiria atingir.

Experimentação

Aqui cria-se pequenas iniciativas, que são implementadas, testadas, recebem feedback, melhorias e passam por um relançamento.

Nessa fase, também chamada de prototipagem, é a hora de validar as ideias geradas, ver as que se encaixam, juntar as melhores propostas e partir do abstrato para o físico.

Nessa etapa, são criados modelos de teste dos produtos e serviços idealizados. O objetivo é coletar novos feedbacks junto aos envolvidos no processo, legitimar hipóteses e mapear dificuldades imprevistas.

O protótipo de um produto ou serviço reduz as incertezas do projeto, tornando a solução de problemas mais assertiva. É possível testar o que as pessoas acham e fazer os ajustes necessários. Dependendo dos resultados, o ciclo pode ser repetido quantas vezes forem necessárias, até que uma solução viável tecnológica e economicamente seja identificada.

Um MVP – Minimum Viable Product é uma bela dica do que se pode fazer nesse item. Para quem não sabe, MVP (muito usado em startups) é a versão mais simples de um produto, que pode ser lançada em período de testes, para verificar, sem grandes gastos, se sua ideia realmente atinge as necessidades do seu consumidor final.

Mas por que realizar todas essas etapas? Justamente porque esses processos, que podem não ser lineares, vão proporcionar resultados mais eficazes.

E eficácia é o que as empresas precisam. Por exemplo, segundo estudos recentes apontados pelo Portal do Sebrae neste ano, nos Estados Unidos, apenas 4% dos produtos obtiveram sucesso de mercado.

Design Thinking sempre deve ter seus processos realizados em conjunto, de forma prática, dinâmica, colaborativa – veja bem: sempre colaborativa!

As pessoas devem “viajar” em todas as probabilidades e testar todas as probabilidades pra encontrar a melhor solução e a partir daqui estruturar a implantação de um projeto.

 

Design Thinking: curso, livro ou processo autodidata?

Existem diversas maneiras de trabalhar com esse conceito, e até utilizar Canvas de Design Thinking, que é uma metodologia que faz uso de alguns elementos que desenvolvi, para auxiliar o time envolvido no problema e na busca da solução, antes de saírem implementando suas ideias, ou seja, seus projetos, meio na base do “Feeling” ou no “Seja o que Deus Quiser”.[CANVAS significa TELA, QUADRO].

Esses Canvas, eu desenvolvi baseado em um modelo apresentado por um grande colega ligado à nossa profissão, André Cruz, o qual foi batizado como Duplo Diamante.

duplo diamante

O primeiro Canvas é para diagnosticar o problema ou entender melhor a oportunidade. E o segundo para encontrar a solução.

primeiro diamante

Para ficar mais claro todo o processo, pense numa pessoa que está sentindo uma dor, por exemplo, de estômago. Antes de ver o melhor remédio, precisamos entender muito bem a causa.

Então, o médico examina o paciente, faz uma série de perguntas, pede alguns exames e depois identifica-se de fato o que está causando a dor. E só depois começa a pensar nas possíveis formas de tratar.

O médico poderá receitar um remédio, um tratamento por homeopatia, um chá ou até uma cirurgia em casos mais agudos. Mediante todas as alternativas, essas serão avaliadas e pesadas em conjunto: médico e paciente, considerando eficácia, custo, tempo de tratamento, necessidades e expectativas do paciente, mas claro que com uma forte recomendação médica, principalmente em casos mais severos, como a cirurgia.

Na empresa é o mesmo processo: primeiro estuda-se bem o problema ou oportunidade para conhecer bem as causas, as expectativas do persona, para depois pensar nas possibilidades, e diante delas, analisar qual a melhor, considerando critérios de agregação, custo, prazo e risco.

É aí que entra o segundo Canvas que criei (veja a seguir): baseado nas principais causas identificadas discute-se todas as possibilidades, pesa cada uma e então elege-se a ideal, que poderá ser desde uma simples ação até um projeto maior.

 segundo diamante 2

Se a solução for um projeto

Após todo o processo, se a solução identificada como a melhor for um projeto, é hora de estruturar e implementar antes de sair fazendo - aí podemos utilizar outro Canvas, dessa vez o Canvas de Projetos do PM VISUAL:

PM VISUAL

Essa forma de estruturar o projeto também é pensar de forma colaborativa.

Depois pode-se detalhar ainda mais essa ideia utilizando todas as demais lâminas do PM Visual completo, método também criado por mim, que é um aprofundamento do CANVAS inicial.

É uma forma fácil, simples, colaborativa de fazer um planejamento de projeto, de qualquer tamanho e natureza, em apenas 8 horas de trabalho, isso mesmo, 1 dia, e obter 68% de confiabilidade no prazo e custo estimados pela equipe.

PM Visual 2

Para finalizar o conceito original do Design Thinking, pode-se entrar na etapa de experimentação, para testar a solução pensada, receber feedback, pensar em melhorias e passar por um relançamento da ideia. Essa etapa, em muitos casos, pode ser aplicada antes mesmo de fazer o Canvas de Projetos do PM VISUAL.

As tendências do mercado

Uma das principais tendências da cultura corporativa mundial é de que todo funcionário deve “pensar como designer”. Atualmente, muitas grandes corporações do Brasil e do mundo têm designers entre seus principais executivos.

Essas empresas consideram o conhecimento e a experiência desses especialistas como um dos maiores diferenciais para serem mais inovadoras e ágeis. Com o passar do tempo, organizações de todos os portes e setores tendem a se enquadrar nesse cenário.

Além disso, com o objetivo de formar profissionais que correspondam às exigências do mercado de trabalho, há diversas opções de escola de Design Thinking com excelente qualidade e reconhecidas por grandes empresas. Ou seja, em poucos meses e com um ótimo custo-benefício, tais cursos podem ajudar você a atingir seus objetivos profissionais e pessoais.

Por exemplo, o Design Thinking fornece um excelente meio para a liderança se concentrar na experiência pessoal do colaborador (compreender os problemas) e criar processos, novas soluções e ferramentas que contribuem diretamente para a satisfação dos funcionários e para alcançar melhores níveis de produtividade.

Uma liderança centrada nas pessoas significa procurar identificar quais as necessidades (conhecidas, mas não satisfeitas, não articuladas ou ocultas) quer dos clientes quer dos colaboradores da organização.

Carreira em Design Thinking: vale a pena?

Muitas empresas já entendem a importância do Design Thinking. Há oportunidades em áreas variadas que já exigem essa habilidade com ótimos salários.

O Design Thinking não é só para designers ou profissões relacionadas a áreas criativas. Muito pelo contrário, qualquer profissional das mais variadas áreas pode aprender e incorporar em suas atividades e, com isso, se valorizar no mercado.

O Design Thinking desenvolve uma nova maturidade profissional e um modo de pensar diferenciado, por instigar a prática de muitas competências que hoje são fundamentais para que as organizações se mantenham relevantes.

O mais impressionante é que muitos profissionais comentam que, após passar pelo processo, eles mudam a sua forma de pensar em todas as atividades e este desenvolvimento de competências tem sido o diferencial para estes profissionais.

E estão conseguindo se reinventar na carreira.

Quem se especializada em Design Thinking é responsável por mudar a forma como a empresa pode encarar tarefas valorizando quesitos como empatia, colaboração e experimentação, além de auxiliar na tomada de decisão, com margem baixa para o erro (embora faça parte do processo) e, portanto, mais assertividade em soluções inovadoras.

Quais habilidades são necessárias?

A chave do trabalho de um “Design Thinker” é decodificar os anseios (conscientes e subconscientes) dos consumidores e responder às necessidades ainda não percebidas pelo mercado.

Essas características se desdobram em curiosidade, empatia com o consumidor, capacidade de trabalhar em equipe e facilidade para lidar com as pressões do mundo corporativo.

Na nossa empresa, temos o curso “Inovação e Design Thinking”, que tem oito horas de duração, e é feito em um único dia, além do curso do PM VISUAL. Confira sempre a programação em nosso site: www.robsoncamargo.com.br.

No curso Design Thinking vamos apresentar os conceitos de imersão no problema, ideação, que é a criação em si, prototipação ou testes e desenvolvimento ou aplicação das ideias, que poderão posteriormente ser transformadas em produtos ou serviços.

O curso de Design Thinking tambémfornece instrumentos e explicações que possibilitam diversas outras maneiras de entender esse novo modelo mental de criar soluções eficazes.

Gostou do artigo? Qualquer dúvida, envie uma mensagem para mim robson@robsoncamargo.com.br. Terei muito prazer em ajudar!

Fique agora com um vídeo onde explico o que é essa história de pensar fora da caixa:

 

Sobre o autor

Robson Camargo, PMP, MBA, GWCPM, ASF é professor nos cursos de MBA das Principais Escolas de Negócio do País: FGV, Fundação Dom Cabral e FIA/USP com Certificação PMP – Project Management Professional® emitida pelo PMI®, MBA em Administração de Projetos pela FEA/USP e Master Certificate pela George Washington. Robson Camargo é autor do livro PM VISUAL e criador do Método PM VISUAL. Sua equipe realiza treinamentos e consultorias em empresas do Brasil e exterior. Robson Camargo está à frente da RC Robson Camargo – Projetos e Negócios, há mais de 11 anos.

 

 

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É uma empresa de Educação Corporativa oficialmente homologada pelo PMI com o selo de R.E.P. (Registered Education Provider), alinhada com o Triângulo de Talentos do Gerente de Projetos

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