Conhecer as funções e os tipos de liderança é importante, contudo, mais do que um cargo ou uma posição na hierarquia, liderar é ter uma atitude empreendedora.
Isso representa ter movimentos que inspirem, guiem, motivem, instruam, corrijam, orientem, influenciem e ofereçam aos liderados o melhor caminho para a conquista dos resultados e para o seu crescimento profissional e humano. Confira neste post quais os tipos de liderança que existem!
O que é liderança?
Um dos grandes executivos e líderes da TV americana, Donald H. McGannon, dizia que “Liderança é ação, e não posição.”
Atualmente, como nunca antes na história, se deu tanta atenção ao trabalho dos líderes. E isso se deve, em grande parte, ao melhor entendimento da importância do seu papel tanto dentro como fora das organizações.
Um líder, além de promover as metas da empresa e a sua evolução contínua, precisa estar verdadeiramente comprometido em promover o desenvolvimento das pessoas que a compõe.
Com tantos desafios, pressões e com a alta competitividade do mercado, para muitos gestores ainda é desafiador pensar numa liderança mais humanizada e que não seja focada apenas na obtenção das metas.
Portanto, para que as organizações possam crescer, expandir e prosperar é preciso olhar para seu capital humano de forma diferente, não apenas como um meio de atingir seus alvos, mas como a ponte entre aquilo que ela é hoje e o que deseja se tornar amanhã. Zelar por isso é essencial para sua ascensão.
Qual o melhor tipo de liderança?
Ser um bom líder resulta em melhores resultados de seus colaboradores e também da sua empresa. A busca por líderes qualificados é cada vez maior, com isso, estes estão cada vez mais adeptos de treinamentos que aprimorem ainda mais o conhecimento que já possuem. Gerir e conduzir pessoas não é uma tarefa fácil, pois requer bastante disciplina.
A discussão sobre líderes e os tipos de liderança da atualidade surgiu da necessidade de compreender estes modelos e a sua importância nas organizações.
Veja quais os tipos de liderança que podem influenciar diretamente no desenvolvimento e comportamento de seus colaboradores.
O líder autocrático
Mais conhecida simplesmente como chefe, a liderança autocrática centraliza todo o poder de decisão e costuma ser bastante individualista. Gerencia a equipe com vigor, mas prefere manter certa distância, o que dificulta a criação de uma relação de confiança e respeito.
Também não valoriza as competências, os talentos e o comprometimento de seus liderados, além de não estar disposto a ouvir sugestões ou novas ideias. Restringe, assim, a participação, a criatividade e a inventividade dos colaboradores.
Sua incapacidade em delegar o sobrecarrega, fazendo com que fique preso ao microgerenciamento e não atinja os objetivos planejados.
Ao mesmo tempo, deixa de desenvolver as potencialidades do time, reforçando a dependência e tornando os processos mais lentos. Por tudo isso, já é considerado um perfil ultrapassado e ineficiente em muitas empresas.
Nos dias atuais ainda vemos este tipo de liderança em muitas empresas e, podemos dizer, sem errar, que elas são uma das principais responsáveis pela perda de grandes talentos profissionais.
Isso ocorre porque sua forma de agir causa sempre tensão e descontentamento entre a equipe, promove um ambiente hostil e de forte pressão, o que desmotiva os funcionários e faz com que desejem sair a permanecer sob a gestão do líder autocrático.
O líder especialista
Esse líder conquista reconhecimento e oportunidades por meio de seu conhecimento técnico e know-how, sendo um profissional muito importante para o dia a dia das operações, para a solução de problemas e para o desenvolvimento de novos projetos.
Mas não possui muitas das competências comportamentais exigidas para uma liderança efetiva, como empatia, paciência, persuasão e inteligência emocional. Nesse caso, é preciso tentar combinar as habilidades de especialista e de líder, buscando sempre o aprendizado.
O líder paternalista
Esse líder estreita os relacionamentos com a equipe, construindo laços emocionais. Mas esse modelo de liderança, diferentemente de muitos outros, não é orientado para os resultados, o que pode se transformar em um risco aos negócios.
O líder paternalista baseia sua gestão em questões sentimentais, deixando de lado a meritocracia e as avaliações imparciais. Também tem dificuldade em exigir mais rendimento, em dar feedbacks negativos e a cobrar metas (sejam elas individuais ou coletivas).
Dessa forma, exatamente por não contar com neutralidade nos julgamentos, sua liderança acaba atrapalhando o desenvolvimento da equipe e prejudicando os indicadores de performance.
O líder exigente
O líder exigente acredita que todas as tarefas devem ser executadas com excelência. Por isso, ao mesmo tempo em que é muito metódico e observador, também monopoliza as decisões e não incentiva a colaboração.
Normalmente, cobra empenho máximo de todos, não admite erros e é impaciente com dúvidas. Por tudo isso, gasta tempo demais com detalhes e não consegue ter uma visão mais abrangente do negócio, o que o impede de obter ganhos mais expressivos.
Demonstra, assim, não estar preparado para ser um líder genuíno.
O líder liberal
A liderança liberal é baseada na maturidade e na multidisciplinaridade das equipes, já que o líder não exerce uma supervisão constante. Nesse ambiente, sempre há espaço para a inovação, para o compartilhamento de conhecimentos e para o pensamento criativo.
Porém, para que seja uma liderança realmente efetiva, é essencial que o gestor conheça profundamente cada liderado e confirme a competência e a capacidade de autogerenciamento de todos, de modo a não se tornar negligente e pouco ativo.
O líder workaholic
Viciado em trabalho, o líder workaholic se dedica totalmente aos objetivos a serem alcançados e, claro, ao planejamento de sua carreira. Por isso, acaba esperando o mesmo comportamento devotado de sua equipe.
Em linhas gerais, não respeita horários e mantem os colaboradores extremamente atarefados, distorcendo o conceito de engajamento.
Esse é mais um tipo de liderança com foco exclusivo em resultados, menosprezando a importância de uma gestão mais humanizada para a conquista de melhores índices de motivação, satisfação e, consequentemente, de produtividade.
O líder democrático
A liderança democráticaincentiva o envolvimento e a participação das equipes, inclusive no processo decisório. Desse modo, reforça a administração colaborativa, atuando como um facilitador ao orientar o time rumo à solução de problemas, coordenar atividades e sugerir ideias.
É um tipo de liderança que favorece vários indicadores, além de reforçar o desenvolvimento e o amadurecimento dos profissionais. Na verdade, esse líder é capaz de garantir a motivação e a retenção dos talentos de seu time por meio de uma gestão inclusiva e eficiente.
O líder carismático
O líder carismático adota sempre uma atitude positiva, demonstrando bom humor, gentileza, entusiasmo, humildade e dedicação.
Age com isenção e ética, conseguindo por isso conquistar a fidelidade e a admiração de muitos. Assim, acaba encorajando as equipes a adotarem a mesma postura.
Cabe a esse gestor aprimorar seus conhecimentos técnicos, e também suas competências comportamentais, de modo a complementar seu perfil, que já apresenta muitas caraterísticas indispensáveis aos verdadeiros líderes.
O líder meritocrático
Esse líder fundamenta suas decisões na meritocracia, monitorando constantemente a performance de seus liderados por meio de metas e indicadores.
Nesse contexto, os colaboradores com melhores desempenhos são reconhecidos e ganham novas oportunidades. Já aqueles que demonstram rendimento abaixo das expectativas recebem orientação e uma supervisão especial.
Esse tipo de liderança é mais justo, privilegiando os profissionais competentes e incentivando a produtividade.
O líder coach
O líder coach investe no autoconhecimento e, por isso, possui habilidades e competências comportamentais bem desenvolvidas (especialmente a maturidade, a resiliência, a empatia e a humildade).
Adota uma comunicação eficiente e é capaz de lidar com diferentes obstáculos, conflitos e pressões do cotidiano, sempre com maturidade e firmeza. Além disso, auxilia o time a aprimorar talentos, potencializar aptidões e otimizar o próprio desempenho.
Assim, o líder coach consegue formar equipes mais fortes e preparadas. Há correntes que acreditam que um líder deve ser capaz de realizar os papéis de coach ou mentor em momentos específicos com seus liderados
O líder servidor
A liderança servidora se apoia no preceito de que liderar é servir. E, na prática, servir aos liderados significa estar disponível para ouvir, orientar e ajudar. Esse estilo de gestão engloba ainda uma série de outros fatores, como a real preocupação com o bem-estar dos colaboradores e a identificação das necessidades da equipe.
O líder servidor compartilha conhecimentos, incentiva o aprendizado e oferece desafios, baseando-se na capacidade de influenciar e fazer com que os colaboradores pensem, avaliem e criem opiniões, tornando-se mais atuantes e participativos.
Por ser uma gestão orientada ao capital humano, apresenta resultados sólidos e duradouros.
Conclusão
Uma coisa é certa, independente dos estilos e tipos de liderança existentes, um bom líder sempre irá:
- Tomar decisões e comunicá-las aos colaboradores;
- “Vender” (convencer) sua decisão aos colaboradores;
- Apresentar suas ideias e solicitar possíveis questionamentos;
- Apresentar o problema, pedir sugestões para tomar a decisão;
- Definir limites de acordo com o que grupo opinar;
- Dar permissão para que o grupo decida de forma livre.
Na prática, um bom líder adota mais de um desses tipos de liderança em uma empresa, mas tudo irá depender de quem é o líder propriamente, quem são os colaboradores e das atividades exercidas.
Os tipos de liderança listados são alguns dos exemplos existentes, porém, o líder que você deseja ser só irá depender dos objetivos que deseja alcançar. Boa sorte!
E agora veja esse vídeo sobre liderança e a importância de desenvolver soft skills:
Sobre o autor
Robson Camargo, PMP, MBA, GWCPM, ASF é professor nos cursos de MBA das Principais Escolas de Negócio do País: FGV, Fundação Dom Cabral e FIA/USP com Certificação PMP – Project Management Professional emitida pelo PMI, MBA em Administração de Projetos pela FEA/USP e Master Certificate pela George Washington. Robson Camargo é autor do livro PM VISUAL e criador do Método PM VISUAL. Sua equipe realiza treinamentos e consultorias em empresas do Brasil e exterior. Robson Camargo está à frente da RC Robson Camargo – Projetos e Negócios, há mais de 11 anos.
As marcas PMP, PMI, PMBOK e a logomarca “REP” RegisteredEducationProvaider são marcas registradas do Project Management Institute, Inc.
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